Quando a Saudade Bater
Antes da saudade em mim bater,
Bato-me sorrateiramente em retirada.
Não jogo uma partida encerrada
E não há muito mais para sofrer.
É uma trama de chamas em pira.
Lenhas inflamadas e comburentes,
Agindo na mente como entorpecentes
No persistir de viver em mentiras.
Mesmo a saudade perdurar a doer.
Não passa de uma dor marcada,
E no seu tempo finda e é curada
Não subsistindo sozinha a viver.
A saudade vestida da verdade é aquela menina,
Que mesmo sem maquiagem e desarrumada,
Quando a vejo comedida e enamorada
Incomoda-me a alma de forma desmedida.
Jorge Jacinto da Silva Junior
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