7 de out. de 2013

Poesia: Quando a Saudade Bater

















Quando a Saudade Bater

Antes da saudade em mim bater,
Bato-me sorrateiramente em retirada.
Não jogo uma partida encerrada
E não há muito mais para sofrer.

É uma trama de chamas em pira.
Lenhas inflamadas e comburentes,
Agindo na mente como entorpecentes
No persistir de viver em mentiras.

Mesmo a saudade perdurar a doer.
Não passa de uma dor marcada,
E no seu tempo finda e é curada
Não subsistindo sozinha a viver.

A saudade vestida da verdade é aquela menina,
Que mesmo sem maquiagem e desarrumada,
Quando a vejo comedida e enamorada
Incomoda-me a alma de forma desmedida.

Jorge Jacinto da Silva Junior