14 de ago. de 2018

Poesia: A Espera de Nada




























A Espera de Nada

O que eu faço com esta mesa posta?
Dois pratos,  dois garfos, duas facas sem ponta.
Uma taça já com marcas de vinho em suas bordas,
E o jantar quase pronto com certo cheiro de queimado.
E está muito claro, que algo de nada bom o complicou.
Parti assim depois de duas horas...
Saí a pé até a esquina comprar
Um cachorro quente com cebola, quem sabe,
Mais um cigarro ou uma carteira,
Ou qualquer coisa, que me faça sentir-me mais à toa,
Pois percebi que a imaturidade nos relacionamentos
Só nossos espaços vazios alimentam 
E acabam numa geladeira cheia de besteiras.

Jorge Jacinto da Silva Jr.
jorge.jacinto@gmail.com





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