A Espera de Nada
O que eu faço com esta mesa posta?
Dois pratos, dois garfos, duas facas sem ponta.
Uma taça já com marcas de vinho em suas bordas,
E o jantar quase pronto com certo cheiro de queimado.
E está muito claro, que algo de nada bom o complicou.
Parti assim depois de duas horas...
Saí a pé até a esquina comprar
Um cachorro quente com cebola, quem sabe,
Mais um cigarro ou uma carteira,
Ou qualquer coisa, que me faça sentir-me mais à toa,
Pois percebi que a imaturidade nos relacionamentos
Só nossos espaços vazios alimentam
E acabam numa geladeira cheia de besteiras.
Jorge Jacinto da Silva Jr.
jorge.jacinto@gmail.com
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