Como de Costume
Fiquei te esperando como de costume,
Porque à rotina da ansiedade não me deixa
Das suas factuais ausências imune.
Ao sentir este algo vazio dentro de mim,
Você sorrateiramente em silêncio surgiu.
E chegou com a maior cara deslavada,
Como se não tivesse acontecido nada.
Eu ainda com os olhos vermelhos de raiva
Não quis te demostrar todo meu ódio.
Como de costume tentava eu entender
Que não é nem não amar mais ou mágoa,
Definir isto agora não é mais o proposito.
Enfim, até agradeço que talvez seja o mundo
Em suas dores e cores ensinando-me
A ter um pouco mais de amor próprio.
Mesmo assim, eu não consegui fugir
Daquele sentimento de compulsão.
E deste jeito como de costume
Arroz, feijão e batata frita,
Um sanduba de três andares
Um pedaço de pizza fria
E uns bons litros de refri.
E como de costume só eu sofri,
Na companhia de um pudim de leite,
Algumas muitas barras de chocolate,
Uma bebida quente ou um chá de mate.
Como de costume,
Novamente na segunda-feira,
Uma nova dieta entro na besteira,
Só para arrumar alguns motivos casuais,
Para que como de costume
Deixar de te amar sem grandes problemas
Só alguns quilos a mais.
Jorge Jacinto da Silva Jr.
jorge.jacinto@gmail.com
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