21 de fev. de 2011

Poesia: CARIDADE





CARIDADE

Minha parte se divide em sinceros sorrisos
Compartilhar do pouco tempo que me resta e preciso
E mesmo consumido pelo cansaço do final de mais um dia
Encontrar a paz de um espírito renovado pela alegria

Pedaços isolados sem razão antes perdidos
Agora se juntam como um mosaico bíblico
Iluminando de amor minha alma purificada
Rejuvenescida... envaidecida e recompensada

Na acolhida ofertada estampada em um rosto querido
Mostram-se braços abertos para um carinho infinito
De agradecimento pelo gesto simples mas eterno
Real... honesto... previsivelmente singelo

Contudo este colher depende de um semear seguro
Para que o Bem se prolifere como suculento fruto
Lançando ao ar o perfume balsâmico da beleza praticada
Redescobrindo razões para viver como suave toque de mágica

Entretanto ainda planta-se tão pouco para tantos alimentar
Doa-se o medíocre para quem muito tem por esperar
Ainda existem muitas ervas daninhas do apego material
As quais relutam valendo-se da existente fraqueza espiritual

Por este motivo não se deve enxergar pobres nem ricos
Só deve-se pensar a respeito dos reais motivos
Para que nunca... em hipótese nenhuma parar
O prosseguir com fé destas sementes semear

A caridade para todos os momentos é um exercício
A qual é preciso praticar mesmo com sacrifício
Mesmo que seja doado um carinho, uma palavra amiga, um olhar
A Caridade não é um presente que damos... mas sim que nos deixamos presentear.

Autor: Jorge Jacinto da Silva Junior




COMENTÁRIO DO AUTOR

Muitas vezes é preciso tão pouco para mudar a vida de alguém. Precisa-se talvez, ter nossos coração abertos para beneficência, não como forma assistencialista tão somente, mas como padrão de conceitos. E como este poema fala, um espírito de benevolência se faz num exercício diário e incansável. Aplique a caridade e verá que o que recebemos é de valor incalculável e legítimo.

Abraços,
Jorge.


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