25 de nov. de 2014

Poesia: Enigma Ambulante





















Enigma Ambulante

Não sou eu... não sou você...
Sou este enigma ambulante,
Que me transfiguro em inúmeras formas
Cada hora... em cada instante

Sou a alegria no momento de tristeza,
O sorriso da criança que chora
Sou da insegurança a certeza
Sou um amor que não vai embora.

Sou as estrelas mais distantes do céu
Sou as flores de um lindo campo
Do mundo sou um menestrel
E da lua seu escuro manto

Sou do jogo da vida a sorte...
E nessa metamorfose transformei
Minha vida inteira
No esplendor de minha morte

Porque sou este parasita que me mata
Sou da vida um simples navegante
Eu sou tudo em um universo de nada
Sou este enigma ambulante.

Jorge Jacinto da Silva Jr.